Os Roses: Até Que a Morte os Separe: Divórcio, sabotagem e sarcasmo com sotaque britânico

Se você achava que seu relacionamento era disfuncional, espere até conhecer os novos Roses. Em “Os Roses: Até Que a Morte os Separe”, o caos conjugal vira entretenimento de primeira — e com sotaque britânico. A releitura moderna da clássica comédia ácida “A Guerra dos Roses” (1989) troca Michael Douglas e Kathleen Turner por Olivia Colman e Benedict Cumberbatch, em um duelo conjugal tão cômico quanto cruel.

Esqueça as DRs pacíficas: aqui, o amor virou munição.


🍷 Do que se trata “Os Roses”?

A trama gira em torno de um casal aparentemente perfeito: ela, uma chef de cozinha em ascensão meteórica; ele, um arquiteto cujo brilho profissional anda mais apagado que vela em enterro. O que começa como um pequeno abalo conjugal se transforma em um campo de batalha emocional, físico e doméstico, onde cada móvel vira uma arma e cada palavra, uma granada.

É a história de um divórcio onde ninguém quer abrir mão da casa, nem do orgulho. E nesse cabo de guerra, até o aspirador vira arma de destruição emocional em massa.


🎭 O que muda em relação ao filme original?

Se em 1989 o filme de Danny DeVito refletia a dinâmica de gênero da época, com a mulher buscando sua voz no meio do casamento, aqui a inversão é clara: ela é bem-sucedida e independente, ele se sente deixado para trás. A versão de 2025 coloca a masculinidade ferida no centro do palco — e isso gera situações hilárias, desconfortáveis e dolorosamente reais.

A ausência do advogado-narrador (papel de DeVito no original) muda o tom: agora, o foco está 100% no casal, sem a moral da história digerida pra você. E quer saber? Funciona.


🍸 Por que você vai amar (ou se identificar)?

Porque “Os Roses” é basicamente terapia em forma de comédia sombria. Cada diálogo cortante, cada piadinha passivo-agressiva e cada sabotagem doméstica escancaram o lado sombrio do amor moderno — aquele onde o “eu te amo” virou “você deixou a louça suja de novo”.

O texto de Tony McNamara (de “A Favorita”) é uma aula de veneno elegante. Já a direção de Jay Roach (“Entrando Numa Fria”) entrega ritmo e ironia sem precisar apelar para exageros. É sofisticado, mas acessível; ácido, mas viciante.


👩‍❤️‍💋‍👨 Química de milhões: Colman & Cumberbatch

A grande força do filme está no duelo de titãs entre Olivia Colman e Benedict Cumberbatch. Ela entrega timing cômico e crueldade com a leveza de quem serve um vinho. Ele, normalmente sisudo, surpreende como um homem ferido, confuso e deliciosamente patético.

É impossível não rir — de nervoso ou de identificação. O humor nasce do absurdo cotidiano: pequenas mágoas, comentários mal colocados e a constante sensação de que amar alguém não é garantia de conseguir viver sob o mesmo teto.


📽️ Curiosidades de bastidores

  • O projeto está em gestação desde 2017. A ideia surgiu durante o Festival de Veneza, quando Olivia e Benedict estavam juntos promovendo outros filmes e comentaram que “precisavam fazer algo juntos”.

  • Cumberbatch é fã assumido da versão original e brincou, em entrevistas, que ele e Colman deveriam refazer todos os filmes de Douglas e Turner, inclusive “Tudo por uma Esmeralda”.

  • A ideia nunca foi fazer um remake, mas uma “reimaginação contemporânea” da estrutura original. E quem puxou essa abordagem foi o roteirista Tony McNamara.

  • O diretor Jay Roach ficou impressionado ao descobrir que essa era a primeira vez que Colman e Cumberbatch atuavam juntos. “Eles poderiam ser nossos Spencer Tracy e Katharine Hepburn”, disse.

  • O final do filme gerou debates internos: manter a tragédia do original ou propor um desfecho menos cruel? A resposta foi: os dois. O resultado é um fim amargo, mas com um toque de afeto — e aviso.


🎟️ Vale a pena assistir “Os Roses: Até Que a Morte os Separe”?

Com certeza. É inteligente, engraçado, afiado e desconcertante. É o tipo de comédia para adultos que anda em falta no cinema. Se você curte diálogos rápidos, atuações premiáveis, e aquela sensação agridoce de rir da própria tragédia, este filme é sua próxima escolha certeira.

Classificação: ★★★★☆ (4,5/5)
Perfeito para: casais em crise, solteiros felizes, fãs de veneno britânico e divórcios dramáticos.


📌 Onde assistir?

“Os Roses: Até Que a Morte os Separe” estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025.


💬 E você?

Já viveu um momento “Roses” no seu relacionamento? Ou é do tipo que vê esse filme pra se sentir sortudo por estar solteiro? Conta pra gente nos comentários e compartilha com aquele casal que precisa de uma DR com pipoca.

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