Ele voltou. Michael C. Hall retoma o papel de Dexter Morgan em Dexter: Ressurreição, sequência direta de Dexter: New Blood que reabre o “Código de Harry” com ambientação nova (Nova York), elenco estrelado e aquele narrador interno cínico que a gente conhece de longe.
A série estreou em 11 de julho de 2025 no Paramount+ com SHOWTIME (10 episódios, lançados semanalmente), com duas estreias de uma vez no primeiro dia.
O começo foi quente: além do boca a boca positivo e de críticas elogiosas, a produção bateu recordes de estreia de streaming do selo Showtime, com 3,1 milhões de espectadores nos três primeiros dias.
Sinopse
Dez semanas depois dos eventos de New Blood, Dexter sobrevive ao tiro que levou de Harrison e desperta de um coma.
Ao descobrir que o filho desapareceu em Nova York, ele deixa o anonimato e segue o rastro do garoto. Na Big Apple, Harrison tenta levar uma vida “normal” como bellhop do Empire Hotel, mas as velhas sombras o perseguem.
Enquanto isso, Dexter volta a dialogar com o seu “passageiro sombrio”, com as visões do pai, Harry (James Remar), e com rostos do passado.
No caminho, ele cruza com Leon Prater (Peter Dinklage), bilionário que comanda uma sociedade secreta de serial killers, e com Charley (Uma Thurman), chefe de segurança desse círculo nada discreto. Angel Batista (David Zayas), de Miami, também entra na jogada, desconfiado de que o antigo amigo nunca morreu.
Review (sem spoilers)
Há um alívio imediato em perceber que Ressurreição abraça o DNA sombrio da série original: humor ácido, tensão metódica e a ética elástica de um predador que se acha necessário.
Os episódios mostram um tom “sangrento e deliciosamente insano”, nas palavras do crítico Richard Roeper, com o narrador interno de Dexter novamente como bússola moral (ou amoral).
Força nº 1: Hall continua magnético; o trabalho físico e a ironia seca do personagem sustentam as idas e vindas do roteiro. Harrison (Jack Alcott) ganha camadas e um conflito próprio, menos refém da sombra do pai. NYC vira personagem — da fotografia outonal dos corredores de hotel às ruas ruidosas que pedem “limpeza”. Trilha e needle drops (olá, Nick Cave) fazem o resto.
Força nº 2: o casting de luxo. Além de Dinklage e Thurman, entram Krysten Ritter, Neil Patrick Harris, Eric Stonestreet e David Dastmalchian (em papel duplo macabramente divertido). É aquela tradição Dexter: vilões e coadjuvantes que brilham — e sangram.
Areia na engrenagem? Como toda volta de franquia, há momentos em que a série pede licença poética (o “milagre” inicial) e flerta com a autoparódia. Ainda assim, o saldo é bem positivo: 95% no Rotten Tomatoes nos primeiros levantamentos e recepção crítica “geralmente favorável” no Metacritic.
Elenco (principal e destaques)
Michael C. Hall — Dexter Morgan
Jack Alcott — Harrison Morgan
David Zayas — Angel Batista
James Remar — Harry Morgan
Peter Dinklage — Leon Prater
Uma Thurman — Charley
Ntare Guma Mbaho Mwine — Blessing Kamara
Kadia Saraf — Det. Claudette Wallace
Dominic Fumusa — Det. Melvin Oliva
Emilia Suárez — Elsa Rivera
Participações e convidados notáveis: Krysten Ritter, Neil Patrick Harris, Eric Stonestreet, David Dastmalchian, John Lithgow, Erik King, entre outros favoritos do universo Dexter.
Veredicto
Dexter: Ressurreiçãonão reinventa a roda — ela a afina, limpa o sangue e põe para rodar com estilo. A temporada equilibra fan service e novas ideias, traz Michael C. Hall em ótima forma, constrói um Harrison mais interessante e devolve à franquia a sensação de caça que fez história. Para quem se decepcionou com despedidas anteriores, esta é a volta que merecia acontecer.
Se você é fã de dramas criminais com narrador não confiável, moral cinza e kill rooms meticulosamente montadas, pode entrar: a lâmina está afiada — e a consciência, como sempre, “em manutenção”.
Trailer
Assista aos trailers e teasers oficiais de Dexter: Ressurreição (incluindo o vídeo “This Season On”):
https://youtu.be/84o1Q6fB20k?si=eVqxKxhvEoJibA7W
Onde ver:Dexter: Ressurreição está disponível no Paramount+ (plano Premium).